O Dia Internacional do Livro é comemorado anualmente em 23 de abril, mas nem sempre foi assim. A data começou a ser celebrada em 5 de abril de 1926, na Catalunha, uma região no centro da Espanha, para comemorar o dia de nascimento de Miguel de Cervantes, famoso escritor espanhol, autor de “Don Quixote”, um dos clássicos da literatura mundial.
O dia foi proposto pelo escritor Vicent Clavel Andrés e aceito pelo governo espanhol que o instituiu como a Festa do Livro Espanhol. No ano de 1930, no entanto, a data foi transferida para 23 de abril, dia de aniversário de morte de Cervantes.
Aproveitando a data, a UNESCO, em 1995, instituiu o dia 23 de abril como o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, uma vez que, nessa data, também são lembrados William Shakespeare e Josep Pla, escritores que também morreram em 23 de abril.
No caso de Shakespeare, a data não é precisa, já que a Inglaterra ainda não havia adotado o calendário Juliano, que mantinha uma diferença de 10 dias para o calendário Gregoriano, utilizado na Espanha. Desta maneira, sabemos que Shakespeare faleceu 10 dias depois do aniversário de morte de Cervantes.
A UNESCO usou a data para incentivas as pessoas, especialmente as mais jovens, a buscar os prazeres da leitura e a conhecerem a imensa contribuição de todos os autores na história da civilização humana.
Na Espanha, o dia 23 de abril, coincidente com o falecimento de Cervantes, sempre houve a tradição de dar uma rosa para quem comprasse um livro, uma tradição que está sendo adotada por outros países, tendo começado pela devoção a São Jorge, cujo dia também é comemorado em 23 de abril.
Outros autores famosos também tem no dia 23 de abril datas de nascimento ou de morte, como Maurice Druon, Vladimir Nabokov, Haldor K. Laxness e Manuel Mejia Vallejo
