Para todo problema, há uma solução. Entretanto, algumas ideias muito criativas podem se mostrar extremamente equivocadas. Na lista abaixo, confira planos mirabolantes e ideias geniais que, na verdade, geraram consequências ainda mais graves!
Em 1918, o mundo já enfrentava quatro anos de Primeira Guerra Mundial. Para tentar elevar a moral da população, a prefeitura da Filadélfia organizou uma enorme parada para mulheres, escoteiros, soldados e bandas marciais. Parecia uma ótima ideia se não fosse por um detalhezinho: a pandemia de gripe espanhola.
A primeira onda estava rolando, mas ainda sem grande letalidade. O problema é que a segunda onda estava prestes a se alastrar pelos EUA e o mundo de maneira muito pior. O secretário de saúde da Filadélfia protestou, mas não conseguiu impedir a parada, que reuniu mais de 200 mil pessoas. Resultado: em três dias, todos os hospitais estavam lotados; uma semana depois, mais de 2,6 mil moradores da cidade haviam morrido de gripe, número que chegou a 4,5 mil pessoas na semana seguinte.
Desfile na Filadélfia em 1918. (Imagem: Reprodução/Smithsonianmag)
Na época da colonização britânica na Índia, a cidade de Déli passou por um grave problema de infestação de cobras venenosas. Para solucionar, o governo ofereceu uma recompensa para cada pele de cobra morta que a população apresentasse. O resultado foi imediato, mas o problema não parecia diminuir. Descobriu-se que os moradores passaram a criar cobras para vender ao governo.
Obviamente, as autoridades cancelaram o benefício, mas isso só piorou a situação. Afinal, as cobras criadas pelos indianos foram soltas na natureza. Inclusive, essa história deu origem ao termo Efeito Cobra, que é quando a tentativa de solucionar um problema só o torna ainda mais grave.
Criação de cobrar piorou o problema. (Imagem: Unsplash)
Como você escolhe seu sapato? Provavelmente pelo modelo, tamanho, cor, formato e conforto, igual todo mundo. Basta prová-los e fazer a escolha. Entre as décadas de 1920 e 1970, porém, algumas lojas dos EUA passaram a usar máquinas de raio-x nas quais os clientes podiam visualizar como ficaria o pé dentro do calçado e se precisaria de algum ajuste.
A ideia foi um sucesso, mas o uso equivocado do raio-x se tornou muito prejudicial. Afinal, os clientes provaram mais de um modelo e eram expostos a radiações danosas à saúde. Porém, quem mais sofreu com a engenhoca foram os vendedores, que eram submetidos a cargas diárias de radiação.
Máquina de raio x para sapatos. (Imagem: Reprodução/Shoegazing)
Quando uma baleia cachalote de 8 toneladas apareceu morta no litoral do Oregon, nos EUA, em 1970, as autoridades não sabiam o que fazer. A ideia inicial era deixar por lá, mas moradores da cidadezinha de Florence protestaram contra o fedor que se seguiria por semanas. Arrastá-la ou enterrá-la na praia pareciam tarefas inviáveis. Até que alguém sugeriu usar uma carga de dinamite.
Foi colocada meia tonelada de explosivos sob o corpo do animal. Um militar falou que era muito, mas o plano seguiu, afinal, a cachalote "se desintegraria com a explosão". O evento atraiu a atenção da mídia e da população, que ficou muito próxima ao animal. Em um raio de 800 metros, tudo e todos ficaram cobertos por destroços podres da baleia. E o pior: a maior parte da carcaça permaneceu no lugar.
Carcaça do animal chamou a atenção da mídia